domingo, 24 de janeiro de 2010

A traição promove a distancia entre duas almas
Seguida de mentiras, promove o sofrimento de apenas uma
Todos nós traímos
Não sejamos hipócritas em dizer que não
O desejo é traição
O fato é traição em contato
A única diferença é a presença
Ela não é tão importante quanto os pensamentos impuros ou não
Mentes dementes podem ser mais perigosas que contados indecentes
E nada disso deixa de ser traição, desejo ou prazer
Somos traídos pela atração e atraídos pelo desejo
Desejamos o que não nos pertence e pertencemos ao elo do desejo
Somos movidos por instintos que impedem que a razão levante a mão e peça a vez
E ao invés de levantar a mão e pedir a vez, ela te deixa na mão e se vai de vez
Esquecendo a razão somos transportados para setor emoção
Que permite o único movimento, a impulsão
Não seria lógico analisar friamente a questão
Mas estando de fora da traição sabemos que mentiras doem mais relações
Sozinho vejo a emoção se valendo de desculpas e a razão voltando e abaixando a mão
O impulso não permite voltas , o tempo não permite também
Envergonhada a razão senta Vagarosamente o amor perdoa
O difícil agora é saber qual será a próxima mentira que a emoção vai inventar
E aonde encontrar o lugar que a razão se escondeu pra dizer não ao perdão.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O mal de cada ser é atropelar o tempo no qual as coisas devem acontecer. Cada pensamento tem sua hora certa e se antecede-se um minuto desse tempo, ele aparece posteriormente como um saldo devedor. Para viver bem, a paciência é extremamente relevante. Com ela tudo tem seu momento certo e o futuro é algo previsível e ainda em tempo de ser questionável. Apesar de sermos escravos de um objeto com ponteiros indicando horas sabemos que no final é ele quem dita às regras. Temos que viver o que o momento nos concede para depois matarmos a curiosidade do amanhã. Observa-se nesse mundo de curiosos, crianças cuidando de crianças e admitindo responsabilidades de adultos e tudo pelo fato de antecederem seus momentos. Deve-se fixar os olhos nos ponteiros e observar que a hora indica o momento certo dos fatos e estes devem ser analisados com a certeza de que a curiosidade é boa de sentir e não de matar.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Se não for eterno amor será uma boa lembrança. Meu risco, minha loucura. Digo que não merecia, que não devia. Mereço, posso? Insanidade, paixão, maldade. Faz tempo que acontece. Há pouco tempo isso padece. Corta-me as pernas, me impede de andar, me permite sonhar, chorar e me arrepender. Começar de novo, voltar, acabar. E quando eu digo que não quero, talvez seja quando eu mais preciso. O desejo de lembrar é a vontade de esquecer e tanto lembro que nunca esqueço. Nunca vou esquecer. Anulo-me, as lágrimas caem, mas chega. Existem pessoas que chegam pra terminar. Chegou, acabou, perdi. Ou ganhei? Que toda loucura que passei seja vivida por quem me fez passar. Sentir o que eu senti, chorar o que chorei. Misturas de amor, misturas de paixão. Até onde vai a razão?Em um beijo calculado tão gostoso quanto brócolis? Em atitudes impensadas que te levam ao arrependimento? O certo fica sempre sem resposta. Não existe resposta certa, não existe certeza. Eu quero parar e pensar se vale a pena escrever tanta bobagem. Parar de fantasias e sonhar com realidades. O amanhã parece mais certo que ontem. Na verdade é como disse: o certo não existe, a certeza muito menos. E é nesse caos de incertezas que sigo colocando em cheque o que muitos queriam apenas sentir: o amor.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Eu montei um teatro, a platéia e os personagens. Eu te coloquei como ator principal de uma fantasia criada por mim. Sonhei, sorri, sofri. E como em toda história tudo teve um fim ... o fim que todos acreditavam, que todos desejavam mas que só nós dois sabemos que ele não chega tão fácil assim. Eu escrevi a nossa história da forma mais romancista de se imaginar e pro meu engano ocorreu tudo da maneira mais diferente possível. Tu olhas pro verde e diz que é azul. Eu olho pro azul e falo que é verde. E desde 2006 que isso acontece. O teatro, sem as cortinas vermelhas e platéias torcendo pro final feliz, continua com os - Eu te amo - Eu te odeio - Eu te amo porque te odeio ... E quem entende? Eu vim aqui pra dizer isso : Eu prefiro não entender nunca. E dessa vez eu quero falar o que ta aqui dentro, de mim e do TEU coração, que um dia foi meu e tu me roubaste! Pode ter passado todos esses anos, mas meu encanto por ti continua encantador.

Eu sinto o frio na barriga antes de te ver e o calor no meu corpo quando tu me beijas. Eu sinto minha vida "sem chão" quando te "perco" e o perfeito (des)equilíbrio entre a razão e a emoção quando te percebo dentro de mim. Meus sentidos se perdem quando encontro nos teus olhos a resposta de uma pergunta que passei a semana toda formulando. Tu és remédio e veneno. Lucidez e loucura. Amor e ódio. Escolha e sorte. Destino e coincidência. Latifúndio e invasão. Tu és toda a loucura que me inspira escrever a realidade. É a falsa necessidade que eu criei e coloquei o nome de Essencial. Mais que um grande amor, você é minha grande história. Tu me fazes refém dos teus erros e ignora qualquer reação de fuga, porque sabes que eu jamais fugiria dos braços do meu grande e eterno amor.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A paixão é paradoxo
É lucidez, é loucura
Não quero amar agora
No entanto evito chamar de amor
O que não passa de paixão.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Perdi meus sentidos
E nem sei o que devo escrever
Esqueci o que sinto
Sentimentos não existem agora
Não agora
Podem não existir?
Quero que as batidas voltem o mais rápido
Mas as coisas continuam interrompidas
Decisões nem sempre trazem a liberdade que precisamos
Minha alma está fora do meu corpo
Quero e não consigo
A trazer de volta
Ela está fugindo dos problemas
Está fugindo de mim, um problema
É impossível dividir as coisas
Reminiscências perturbantes problematizam meu ser
Não encontro onde pisar
Piso em mim mesma com atitudes inesperadas
Elas me fazem romper as regras da vida
Que o próprio homem inventou
A natureza de cada um só as põe em pratica
Mas odeio regras e nunca as sigo
Observo- me no espelho e me deparo com outra pessoa
Não, essa não sou eu.
Estou em transe
Estou me perdendo em mim mesma
E dessa vez posso não me encontrar.

sábado, 14 de novembro de 2009

Mil acasos ou mil casos. Não importa você sempre vai estar ao meu redor. Sondando e esperando um equivoco ou uma queda pra mostrar que o certo sempre foi você. Você certo que está certo faz tudo da forma mais errada de se errar. Mente, omite, transmite. Acredite, eu sempre acredito. E quando suas desculpas são proferidas por meio de seus lábios eu não consigo discernir mentiras e verdades. Ali ou Aqui só existe uma: a minha cega paixão. Fecho os olhos completamente aos meus valores, princípios, meios e fins. Finais não existem mas virgulas existem até demais. Chegar a enjoar esse barco que não sabe de que lado fica ou pra qual lado quer ir. E quem sabe pra onde quer ir? A vida? Ela só é um barco quando ele está à deriva. Quem balança são as ondas e os pensamentos misturados dentro de um cérebro impotente não conseguem encontrar respostas, palavras, verdades ou mentiras. Os olhos se fecham esperando uma longa e silenciosa viagem quando uma chuva torrencial cai sobre a cabeça, ou sobre o coração.
Os olhos tentam se abrir, mas o sono não permite, as ondas não permitem, o barco nem a vida. Raios me fazem levantar e o susto me faz acordar. A chuva não ajudou a abrir meus olhos. As ondas se agitaram conseqüentemente dormi novamente e hoje espero algo pior que um raio pra poder acordar de vez do meu mar agitado.