terça-feira, 22 de junho de 2010

Calor: o corpo perde e pede água

Nutricionista da UFMA afirma que dois litros de água por dia não é mais a quantidade mínima recomendada



Fenômenos climáticos, doenças respiratórias e a importância da ingestão de líquidos são alguns dos assuntos mais abordados nas discussões sobre as altas temperaturas que atingem São Luís. O acréscimo de 6°C na média de temperatura dos meses de fevereiro e março em comparação ao ano passado tem ocasionado desidratações (perda de líquidos e sais minerais do corpo), insolações (desidratação e queimaduras na pele causadas pela exposição ao sol), exaustões pelo calor (alteração na circulação e função cerebral devido à falta de líquido no organismo), dentre outras doenças geradas pelas altas temperaturas.

A ingestão de líquidos evita a desidratação e o mal-estar gerados pelo calor, além de deixar a pele mais bonita e o organismo funcionando melhor. Nesse período é importante a ingestão de, no mínimo, três litros de água por dia, já que com o aumento da transpiração o organismo perde líquido.

De acordo com a nutricionista do Restaurante Universitário da UFMA, Lívia Rudakoff, a ingestão de líquidos não se restringe apenas a água e acontece também através do consumo de frutas, sucos e até da carne ingerida nas refeições. “Com essa onda de calor passamos a recomendar 3 litros de água, antes recomendávamos apenas dois litros por dia. Observar a qualidade microbiológica da água também é um aspecto muito importante, pois ela pode funcionar como transmissora de doenças”, declara.

Em qualquer idade a produção de calor e a velocidade do metabolismo são os principais determinantes do metabolismo da água. Os idosos por terem o metabolismo mais lento percebem a sensação de sede muito depois da necessidade real de ingerir líquidos e, desse modo, o risco de sofrer a desidratação é maior. É recomendado que eles tomem um copo de água antes de sair de casa.

“O metabolismo diminui com a idade, no entanto, a necessidade de ingerir água aumenta. Por conta da faixa etária, os idosos têm dificuldade em perceber os sinais vitais e, dessa forma, a sensação de sede só aparece quando eles estão mais desidratados do que uma pessoa mais jovem”, afirma a nutricionista.

Evitar refrigerantes e bebidas isotônicas nessa época são medidas necessárias, já que esses líquidos são considerados calorias vazias por não conterem nenhum tipo de vitamina ou de sais minerais. Ingerir em grande quantidade esses tipos de líquidos pode, a longo prazo, proporcionar um aumento de peso e, por conseguinte, gerar problemas de saúde.

Comidas gordurosas também devem ser evitadas, visto que o metabolismo para digerir esse alimento é bem lento, gerando um mal-estar.

Lugar: UFMA/ASCOM
Fonte: Jessica Melo/ASCOM/UFMA
Notícia alterada em: 16/03/2010 15h21

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