terça-feira, 22 de junho de 2010

Procampo inicia a segunda turma de educação em Ciências Naturais e Agrárias

"O curso visa concentrar o conhecimento e o saber em sua formação primordial”, afirma o reitor


Hoje, o Auditório Mário Meireles da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi palco da aula inaugural dos estudantes do Curso de Licenciatura em Educação no Campo (Procampo). Sob a coordenação do professor Ribamar Sá Silva, o curso da UFMA é um programa do MEC para apoiar a formação de professores em nível superior em Educação no Campo.

Preocupado com índice de professores com nível superior no campo, que era de 1%, o programa veio atender essa necessidade habilitando professores para esse tipo de educação. Para o ingresso no curso de Licenciatura, que tem duas habilitações, Ciências da Natureza e Ciências Agrárias, é necessário prestar um vestibular direcionado a essas pessoas.

Durante o curso elas estudam, dentre outras coisas, como trabalhar no campo sem precisar vir buscar empregos na capital e as diretrizes de como se dá a Educação no Campo. Com duas turmas já formadas e 120 alunos ao total, o vestibular é direcionado a professores do campo que não tem nível superior e para jovens moradores da zona rural.

A assessora de Interiorização Cenidalva Teixeira, parabenizou os alunos do curso mostrando sua forte participação no avanço da educação que o país precisa no campo, e a ASEI tem feito um forte papel no sentido de levar a educação para o interior do Estado. “A UFMA avançou nos últimos dois anos de forma significativa em 30 municípios, e com a formação em diversas áreas do conhecimento, com o apoio do Governo Federal, da UFMA e das Prefeituras Municipais. Peço a todos que não desanimem, dificuldades todos encontrarão, nas áreas e setores presentes, mas sigam em frente, e façam seus trabalhos, mas façam de forma que acentuada para o avanço de todos no percurso acadêmico”, declarou.

A ideia da criação de um programa que oferecesse assistência educacional a moradores da zona rural é uma conquista do movimento social que discutiu a inadequação das escolas do campo que não trabalham adequando à maneira correta de ensino rural. “Só é possível viver bem no campo se a cidade fornecer tecnologia e apoio ao domínio rural”, declara Ribamar Sá Silva.

De acordo com o aluno da turma de 2010, Jakson dos Santos, morador do município Porto Isidorio, em Balsas, o programa colabora no aperfeiçoamento do conhecimento e na adequação da maneira de ensinar no campo. “O programa contribui para o repasse do que é apreendido nas aulas para os alunos de ensino fundamental e médio da zona rural e nos mostra que para crescer não é preciso se deslocar do campo para a cidade”, comemora.

Para o reitor Natalino Salgado, o curso visa concentrar o conhecimento e o saber em sua função primordial, bem como o atendimento ao ensino. “Nós temos pesquisadores para tratar da ciência e uma dimensão social e é essa dimensão que proporciona a formação de todos e a inclusão social. É um projeto social que fortalece a educação que será utilizada na formação profissional de cada um”, finalizou.

A mesa de abertura foi composta pelo aluno do curso, Francisco Sousa; diretor o DEOAC, professor Manoel Barros; coordenador do curso, Ribamar Sá; assessora de Interiorização, Cenidalva Teixeira; coordenadora do PRONERA, Adelaide Coutinho; e Reitor Natalino Salgado.

Lugar: UFMA - CCH
Fonte: Jéssica Melo/ Sansão Hortegal
Notícia alterada em: 04/05/2010 17h48

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