segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Perdi meus sentidos
E nem sei o que devo escrever
Esqueci o que sinto
Sentimentos não existem agora
Não agora
Podem não existir?
Quero que as batidas voltem o mais rápido
Mas as coisas continuam interrompidas
Decisões nem sempre trazem a liberdade que precisamos
Minha alma está fora do meu corpo
Quero e não consigo
A trazer de volta
Ela está fugindo dos problemas
Está fugindo de mim, um problema
É impossível dividir as coisas
Reminiscências perturbantes problematizam meu ser
Não encontro onde pisar
Piso em mim mesma com atitudes inesperadas
Elas me fazem romper as regras da vida
Que o próprio homem inventou
A natureza de cada um só as põe em pratica
Mas odeio regras e nunca as sigo
Observo- me no espelho e me deparo com outra pessoa
Não, essa não sou eu.
Estou em transe
Estou me perdendo em mim mesma
E dessa vez posso não me encontrar.

sábado, 14 de novembro de 2009

Mil acasos ou mil casos. Não importa você sempre vai estar ao meu redor. Sondando e esperando um equivoco ou uma queda pra mostrar que o certo sempre foi você. Você certo que está certo faz tudo da forma mais errada de se errar. Mente, omite, transmite. Acredite, eu sempre acredito. E quando suas desculpas são proferidas por meio de seus lábios eu não consigo discernir mentiras e verdades. Ali ou Aqui só existe uma: a minha cega paixão. Fecho os olhos completamente aos meus valores, princípios, meios e fins. Finais não existem mas virgulas existem até demais. Chegar a enjoar esse barco que não sabe de que lado fica ou pra qual lado quer ir. E quem sabe pra onde quer ir? A vida? Ela só é um barco quando ele está à deriva. Quem balança são as ondas e os pensamentos misturados dentro de um cérebro impotente não conseguem encontrar respostas, palavras, verdades ou mentiras. Os olhos se fecham esperando uma longa e silenciosa viagem quando uma chuva torrencial cai sobre a cabeça, ou sobre o coração.
Os olhos tentam se abrir, mas o sono não permite, as ondas não permitem, o barco nem a vida. Raios me fazem levantar e o susto me faz acordar. A chuva não ajudou a abrir meus olhos. As ondas se agitaram conseqüentemente dormi novamente e hoje espero algo pior que um raio pra poder acordar de vez do meu mar agitado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As coisas retrocedem sem pedir licença
As duvidas se multiplicam e são novos personagens
Será que vale a pena questionar se devo ou se faço?
As pessoas ao redor perguntam os motivos
Eu mal sei dizer qual fantasia vestir
Eu posso ouvir o barulho, ver as luzes e observar a impaciência
Dentro de mim
Eu sinto meus músculos contraindo meus órgãos
E perdi a força para impedir que isso incomodasse tanto
Vivo em constante paradoxo com o mundo
Não sei o que quero e não entendo o que devo querer
Os conselhos que obtenho são em vão
As pessoas nunca analisam nada como deveriam
E a vida não deve ser vista de fora como muitos pensam
Dentro que está o completo, o enigma
O teatro continua e a platéia espera de forma ansiosa
Eu pouco me importo porque nela existe a vontade
Em mim, antítese
A coerência some e o que aparece não é nítido
Complico-me a cada ato, a cada fato
Eles antecedem a vontade de pensar
Quando resolvo pensar, é hora de complicar-me novamente.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

(...) Gosto de exposições e amo platéias. Se pudesse seria atriz mas de cortinas fechadas já me basta meu quarto e de fatos encenados já basta minha vida. Se eu amo, eu grito. Se não amo, para que falar que sim? Existe silêncio no cemitério. Você morreu querido? Para mim ainda não mas tua guerra calada só me faz cavar teu túmulo. Talvez assim eu consiga fazer que teu silêncio (que tanto me incomoda) se eternize. Cuidado com a morte. Cuidado com quem está matando suas palavras para que elas um dia não matem você. Ou eu mesma faça isso por elas. Muito cuidado meu rapaz, talvez.