quinta-feira, 12 de novembro de 2009

(...) Gosto de exposições e amo platéias. Se pudesse seria atriz mas de cortinas fechadas já me basta meu quarto e de fatos encenados já basta minha vida. Se eu amo, eu grito. Se não amo, para que falar que sim? Existe silêncio no cemitério. Você morreu querido? Para mim ainda não mas tua guerra calada só me faz cavar teu túmulo. Talvez assim eu consiga fazer que teu silêncio (que tanto me incomoda) se eternize. Cuidado com a morte. Cuidado com quem está matando suas palavras para que elas um dia não matem você. Ou eu mesma faça isso por elas. Muito cuidado meu rapaz, talvez.

Um comentário: